Neste domingo (20), o Brasil se despediu de uma das artistas mais autênticas e combativas da música nacional. Preta Gil, aos 50 anos, faleceu após complicações severas decorrentes de um câncer colorretal em estágio avançado. A cantora estava nos Estados Unidos, onde tentava um tratamento experimental após a doença se tornar resistente às abordagens convencionais.
Segundo comunicado oficial de sua equipe, o câncer havia se espalhado com metástases agressivas, comprometendo diversos órgãos e tornando os medicamentos ineficazes. O quadro irreversível foi constatado durante uma sessão de quimioterapia, quando os médicos perceberam que o organismo já não respondia mais aos tratamentos. A partir de então, a equipe médica suspendeu as intervenções e iniciou cuidados paliativos.
Piora repentina e falência de sistemas: últimos dias foram marcados por comoção
Fontes próximas à família relataram que a piora clínica começou na quarta-feira (16), quando novos exames revelaram o avanço brutal da doença. Nas horas seguintes, Preta passou a apresentar falência múltipla de órgãos, o que levou a uma internação delicada e silenciosa. Cercada por familiares e amigos íntimos, a artista faleceu com serenidade e dignidade — marcas que sempre a acompanharam.
A comoção se espalhou entre os entes queridos. Seu filho, Francisco Gil, e a mãe, Sandra Gadelha, estavam com ela nos últimos momentos. O pai, Gilberto Gil, foi informado imediatamente e, segundo pessoas próximas, precisou de atenção médica após sofrer um pico de pressão arterial. A atriz Carolina Dieckmann, grande amiga de Preta, também conseguiu chegar a tempo de se despedir.
Uma trajetória pública de força, dignidade e inspiração
Desde que recebeu o diagnóstico em 2023, Preta Gil optou por uma jornada de coragem e transparência. Ao invés de se recolher, ela compartilhou cada etapa da batalha contra o câncer com seus seguidores — desde cirurgias e internações até os momentos de alívio e esperança.
Mesmo diante da dor e do cansaço, Preta mantinha sua essência: sorria, se comunicava com carinho e transmitia mensagens de fé, superação e empatia. Seu posicionamento inspirou milhares de brasileiros que enfrentam o câncer em silêncio — e se viram representados na postura forte e humana da cantora.
Legado de voz ativa, empoderamento e amor-próprio
Muito além dos palcos, Preta Gil foi um símbolo de representatividade, liberdade e autenticidade. Mulher, artista, filha, mãe e comunicadora nata, ela não apenas ocupou espaços — ela os ressignificou.
Defensora incansável da diversidade, da autoaceitação e do combate ao preconceito, Preta transformou a própria trajetória em bandeira pública. Sua presença marcante nos palcos, nos blocos de Carnaval e nas redes sociais ajudou a moldar uma geração mais livre e consciente.
O velório acontecerá no Brasil nos próximos dias, com cerimônia aberta ao público. Mas sua memória já é eterna.
Porque Preta Gil não se apagou.
Ela brilhou até o fim. ✨
