Morreu em 19 de junho de 2025, aos 91 anos, o ator Francisco Cuoco, ícone das novelas brasileiras nas últimas seis décadas. O Hospital Albert Einstein em São Paulo confirmou que o veterano artista estava internado havia cerca de 20 dias, lidando com problemas de saúde típicos de sua idade avançada.
Em boletim oficial divulgado pela assessoria de imprensa e confirmado pela família, a causa do falecimento foi falência múltipla dos órgãos, ocorrida às 14h54 no mesmo dia.
Segundo seus parentes, um ferimento que acabou se infectando agravou seu quadro, na linha da sepses – situação comum em pacientes idosos com internações prolongadas.
Vida e carreira: legado de um galã eterno
Francisco Cuoco nasceu em 29 de novembro de 1933, no bairro do Brás, em São Paulo Vindo de família humilde – filho de um vendedor italiano e de dona de casa –, descobriu a vocação artística ao assistir às apresentações de circo que montavam em frente à sua casa
A carreira começou no teatro, passando por renomadas companhias como o Teatro Brasileiro de Comédia e o Teatro dos Sete, até chegar às novelas na extinta TV Tupi, em 1957, e consolidar-se na Globo na década de 1970
Entre seus personagens mais marcantes estão:
Gilberto Athayde, em O Cafona (1971)
Cristiano Vilhena, em Selva de Pedra (1972)
Carlão, em Pecado Capital (1975)
Herculano Quintanilha, em O Astro (1977)
Os irmãos Denizard e Paulo Della Santa, em O Outro (1987)
Mesmo em seus anos mais recentes de vida, Cuoco protagonizou episódios especiais, como sua participação no programa Tributo, exibido em junho de 2025
Nos últimos dias: internação e despedida
Internado desde o final de maio, Francisco enfrentava várias complicações, como sobrepeso, dificuldades de locomoção e infecção decorrente de uma ferida
A falência orgânica costuma ser consequência de quadros críticos em pessoas idosas, especialmente com sepsias.
Seu velório foi aberto ao público em 20 de junho, no Funeral Home, em São Paulo, com encerramento privado para familiares. Além de três filhos – Rodrigo, Diogo e Tatiana –, Cuoco deixa uma legião de fãs e um legado que atravessa gerações
Legado contado em emoções
A trajetória de Cuoco se confunde com a história da teledramaturgia nacional. Sua elegância, talento e capacidade de construir personagens complexos o tornaram referência para atores e espectadores. Seu falecimento representa o fim de uma era, mas sua obra permanece viva, presente em reprises, lembranças e no coração de quem cresceu assistindo aos seus galãs inesquecíveis.
Em meio à tristeza, fica a gratidão por uma carreira brilhante e a certeza de que, embora o corpo parta, o brilho de seus talentos permanece – tal como ele mesmo dizia: “A arte, quando toca o coração, os sentimentos, é insubstituível.”
